12 de março de 2010

O Leitor tem:

  

1. O Direito de não ler. Ler é um direito e um privilégio. Não é um castigo.

2. O Direito de saltar páginas. Ler é um acto pessoal, de selecção e interpretação.

3. O Direito de não acabar um livro. O leitor não compra uma obrigação. Saber recusar é uma forma de escolher. 

4. O Direito de reler. Às vezes é tão bom, que temos que repetir. 

5. O Direito de ler não importa o quê. A leitura pode ser emoção de muitas formas. 

6. O Direito de amar os heróis dos romances. As personagens não são só figuras imaginadas. Vivem dentro de cada leitor. 

7. O Direito de ler não importa onde. Não há templos nem tempos exclusivos de leitura. O maravilhoso não tem espaço nem tempo. 

8. O Direito de saltar de livro em livro. Os livros podem-se petiscar. Ler um pouco daqui e depois ler um pouco dali. 

9. O Direito de ler em voz alta. As palavras sabem melhor se ditas e ouvidas. Há músicas nas palavras. 

10. O Direito de não falar do que se leu. O leitor lê-se nos livros. Respeite-se essa intimidade. 

Adaptação de, Direitos do leitor de Daniel Pennac no livro “Como um Romance”, ed. ASA.

Ler (como amar) é uma experiência única, pessoal e intransmissível.

Saudações encantadas! 

    2 comentários:

    1. Ao leitor é reservado uma linguagem que só ele sabe decifrar e com isso uma intimidade ainda mais próxima do que a sua língua materna.

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    2. Experiência intransmissível?
      A sério?...
      E então, pergunto, qual é o papel do mediador??? :-)
      Respondo com "saudações encantadas"... depois de te reencontrar (e ler) aqui.
      Gosto, Patrícia!

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