7 de dezembro de 2013

A oficina do Pai Natal


Este domingo dia 8 na hora do conto pelas 11:30 e no Clube de Leitura para pais e filhos, convidamo-vos a conhecerem as mais belas histórias de natal. Neste natal recheie o seu sofá com belas e mágicas histórias de natal, onde a alegria e os afetos são os principais enfeites de natal. 

Vamos também aprender a fazer enfeites de natal para tornarmos o nosso lar mais quente e colorido.


Cpontamos convosco no sítio do costume: espaço infantil da FNAC no Leiriashopping.



Saudações encantadas!



18 de novembro de 2013

Quando a mãe grita parte II e clube de leitura

 "Quando a mãe grita", não é o melhor tema para abordar com os pais, principalmente, com as mamãs...

E ter na mesma hora do conto mães e filhos, nem sempre resulta bem, principalmente quando expomos sentimentos, as ansiedades e o medo que sentimos quando a mãe grita... quer sejamos filhos ou mães...porque nenhum filho gosta de ouvir a mãe gritar, mas também não há mãe que goste de gritar...

mas por vezes gritamos e não quer dizer com isso que gostamos menos ou que vamos passar a gostar  

menos dos nossos pequenotes... penso que isso é uma das ideias principais a absorver... e é bom que pais e filhos falem sobre isso... talvez seja tão importante que a mãe pinguim peça desculpa ao seu pinguim pequenino...

pois assim que pedimos desculpa... parece que a porta pesada d atristeza fica leve como uma pena e os nossos medos e ansiedades são expostos para serem confortadas...  

                                              
... não há melhor desbloqueador para o coração...

E quando conseguimos abrir o coração a hora do conto transforma-se no momento mais partilhado de afetos... onde todos falamos sem medos, sem receios e sem desconfiança... e assim todos procuram as partes do corpo do pinguim e todos por fim o constroem... momento quase de catarse e libertação.


No clube de leitura onde tivemos uma surpreendente assistência, começámos com um aperitivo "È um caracol" e só depois passámos à Contradição humana de AFonso Cruz e foi emocionante descobrir o que é uma contradição.

Saudações encantadas!

16 de novembro de 2013

Dois dedos de conversa - novo livro da escritora Carmen Zita Ferreira

Lançamento do livro “Dois dedos de conversa” da autoria  de Carmen Zita Ferreira, com ilustrações de Sara Cunha, no próximo dia 17 de novembro, pelas 16h, na sede da APDAF (Associação para a promoção e dinamização do apoio à família), na Rua Santa Teresa de Ourém (junto à escola do 1.º Ciclo), em Ourém.
A obra será apresentada pelo Doutor João Manuel Ribeiro e o evento contará com a atuação do Coral Infantil e Juvenil de Ourém.


Saudações encantadas!

4 de novembro de 2013

Quando a mãe grita. FNAC Leiriashoping


Neste próximo domingo dia 10 temos duas atividades super divertidas e educativas tanto para miúdos como para graúdos.

Pelas 11h30m no espaço infanto-juvenil FNAC temos na nossa hora do conto a história  Quando a mãe grita da escritora Jutta Bauer. 

Um livro maravilhoso que ajuda a compreender aos filhos porque por vezes os pais gritam e também ajuda os filhos a compreenderem que depois de um grito um abraço e um desculpa aproxima os corações e aquece a alma.

Texto: «De manhã a minha mãe gritou comigo... e eu fiquei desfeito. A minha cabeça voou...as minhas pernas...as asas... o meu bico...até que uma sombra chegou...um abraço...» Vem descobrir para onde voaram as partes do corpo do pinguim e como a mãe o encontrou. Depois faremos um puzzle divertido.




Pelas 15h00m  temos mais um encontro do Clube de Leitura FNAC para Pais e Filhos.

Neste encontro de leitura vamos falar sobre A contradição humana do escritor Afonso Cruz.

Texto: Já reparaste que dentro das pessoas (e isso inclui os vizinhos) habitam as maiores contradições? A dona Assunção põe muito açucar no café mas é uma pessoa muito amarga. No Clube de leitura para pais e filhos vamos descobrir esta e outras contradições e como Novembro é mês da Língua  Gestual vamos aprender algumas palavras divertidas nesta língua.

16 de outubro de 2013

A queda de um anjo de Afonso Cruz

Para mim a leitura sempre foi,e ainda é, um momento solitário de pura diversão egoísta ou de introspecção profunda e quase metafísica. Gosto de ler, porque sinto que a cada leitura desafio a minha estrutura humana, gosto de ler porque é uma forma de me conhecer. Gosto de ler porque sim, porque me sinto bem.


Agora tentarei superar um desafio: partilhar! Porquê? simplesmente porque sim.

Hoje ao deambular por páginas virtuais tropeçei neste título " A queda de um anjo", mas o que me fez parar foi o seu autor Afonso Cruz. Aquele nome que faz parte da lista da construção da biblioteca que quero ter (espaço em construção contínua). Aquela sensação única de tranquilidade só por ver o seu nome ou os seus títulos na vertical.

12 páginas é o tamanho físico deste conto, mas é infinito o tamanho das emoções e recordações que me provocou. Leiam peço-vos são apenas 12 páginas directas e muito «rentes à carne». Podia falar-vos da inquietação que se sente ao perceber a ligação estranha de um casal. Porque será que tantas vezes ficamos agarrados e dependentes daquilo ou de quem nos faz mal e temos a tendência quase fatalista de afastar quem nos quer bem? Nunca entendi bem o ditado do povo: «Há pessoas que nem com o bem podem.»

Ou podia falar-vos da  lucidez das memórias quando estamos perto do fim. Não deixa de ser impressionante que independentemente dos anos que tenhamos vivido no Fim basta uns segundos ou até breves minutos para resumirmos a nossa existência. Ou fomos Criados para viver muito mais tempo. Ou começarmos a envelhecer e até a morrer cedo de mais.

O conto é um bis como os refrões das músicas, quando lemos a primeira vez é inevitável repetir.

Mas partilhar a leitura não deverá ser um exercício de compreensão ou de análise das personagens como tanto gostam alguns de fazer.

A Ema de Jesus fez-me recordar a última vez que estive com o meu avô antes de ele morrer. Sentada à sua frente perguntei-lhe como estava e ele simplesmente continuou a sua conversa com a sua mulher (minha avó falecida há muitos anos) e dizia-lhe:"espera um pouco estou quase a ir para o pé de ti". - virou-se para mim e perguntou: "então e tu estás feliz?".

Respondi apressadamente que sim, que estava tudo bem atropelando as palavras na esperança ingénua de agarrar aquele breve momento de lucidez e conversar com ele como antigamente fazia.
Ele continuou a conversar com a sua mulher (minha avó) e eu apercebi-me que aquela foi a maneira mais prática, descomplexada e «rente à carne» que ele arranjou para me dizer que aquela seria a nossa última conversa. 

«. Entro numa assoalhada e ouço palavras antigas que foram pronunciadas há um ano ou há uma semana ou há menos tempo. Há palavras que se dizem que nunca mais se apagam.» A queda de um anjo de Afonso Cruz.

Foi bom recordar.
Leiam peço-vos são apenas 12 páginas directas e muito «rentes à carne».
Está disponível on-line.

Saudações encantadas,
Patrícia Almeida



11 de outubro de 2013

 Este domingo temos mais uma sessão do Clube de leitura para pais e filhos na FNAC do Leiriashoping pelas 15h00m.


Livro a explorar: " O livro das receitas malucas"

receitas normais e receitas malucas. Será que já experimentaram Bolas de Merlim
e Pastéis do Nada? Ou umas amêijoas à Bulhão Gato ou Salada de Gambuzinas?
Fazem ideia do seu sabor? Neste clube de leitura convidamos pais e filhos a
virem descobrir com humor e muita imaginação estas receitas e a inventar novas receitas.


Este domingo a hora do conto na FNAC do Leiriashoping é às 11h30m, estão todos convidados a participar.


Livro: "Biscoito de cão"

A Patrícia tinha fome e roubou um biscoito… um biscoito de cão! Não sabia mal, mas algo estranho se passa e a Patrícia começa a transformar-se num cão. Será possível? As crianças estão convidadas a viver esta aventura cheia de imaginação, criatividade e humor. A atividade pretende desenvolver a criatividade, imaginação, compreensão de imagens, cores e formas. Ao mesmo tempo, os mais novos aprendem a comunicar com o mundo e a conhecer os objetos identificados na obra infantil.


Saudações encantadas!

6 de setembro de 2013

"Era uma vez um dia normal de escola" e "Uma aventura na escola"

No próximo domingo dia 8 as histórias voltam à FNAC do Leiriashopping.






Pelas 11h30m temos a hora do conto: "Era uma vez um dia normal de escola" de  Colin McNaughton

Era um dia normal, igual a tantos outros. E um rapaz, também como tantos outros, fez o seu percurso habitual até à escola. O que ele não sabia era que, nesse dia normal, ao conhecer o seu novo professor, algo de EXTRAORDINÁRIO iria acontecer!

E para o início EXTRAORDINÀRIO da escola vamos construir em conjunto uma agenda Extraordinária para ti.
Às 15h00 temos o Clube de leitura para pais e filhos com o livro "Uma aventura na escola" de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.

A escola foi assaltada logo no princípio do ano. Mas, para grande espanto de todos, os ladrões não levaram nada. Seria uma partida dos alunos? Seria obra de um maluquinho? Puseram-se muitas hipóteses, mas nada se descobriu. Os professores, os empregados e até a polícia tentavam deslindar aquele mistério. Mas quanto mais tentavam maior era a confusão... Vamos pôr à prova os teus dotes de investigação.


Para os pais vamos desafiá-los a um jogo sobre as matérias da escola. Vamos testar os seus conhecimentos num jogo divertido e surpreendente.   Estão convidados.   Saudações encantadas!

9 de julho de 2013

14 de julho sessão do clube de leitura FNAC Leiria

Clube de leitura para Pais e Filhos às 15h00 na FNAC Leiriashopping:
 
Neste mês no Clube de Leitura vamos conhecer espaços e emoções secretas e misteriosas. Primeiro vamos conhecer uma universidade muito especial - "Monstros, a Universidade". Sabias que o Mike sempre sonhou ser o maior Assustador de todos os tempos e quando recebeu a carta a dizer que tinha entrado para a Universidade dos Monstros, foi o dia mais feliz da sua vida.
 
Depois vamos espreitar "O diário secreto de Adrian Mole aos 13 anos" , os amores secretos, as crises dramáticas e divertidas do adolescente mais famoso da Grã-Bretanha.
 
E como o Clube de Leitura não esquece os pais vamos desafiá-los a jogar um jogo divertido onde descobrimos os binómios fantásticos. Inscrevam-se já neste clube de leitura surreal.


Hora do conto às 11h00:
 
Livro: "Se os bichos se vestissem como gente?" de Luísa Ducla Soares
Texto agenda: Se os bichos se vestissem como gente quantos cintos teria uma cobra e como é que o porco-espinho vestia as camisas? Se a centopeia andasse calçada, quantos pares de sapatos precisava de comprar?Esta e outras perguntas malucas são feitas por Luísa Ducla Soares para desenvolver a imaginação das crianças.No final da história vamos construir acessórios de roupa em tecido. 
 
Contamos contigo!
Saudações encantadas!

19 de junho de 2013

A importância do incentivo à leitura




Street smart: a scene from the hit US TV series 'Life As We Know It’ adapted from Melvin Burgess’s cult novel 'Doing It’. Below: Jonathan Douglas
Ler por prazer aos 15 anos é um indicador forte de possibilidade de futura mobilidade social. Saiba mais aqui .









Saudações encantadas!

12 de maio de 2013

E assim se vão contando histórias...


 O médico do mar


 Trocoscópio



Clube de leitura

FNAC Leiriashopping

Na Lourinhã...

Na Lourinhã partilhei histórias, sentimentos, emoções, ansiedades, medos, receios, alegrias, sorrisos, fantasia, surpresa e aprendizagem....




 

Gostei muito de estar  convosco... obrigada pela simpatia e partilha... foram momentos muito encantados....

10 de abril de 2013

Clube de leitura

Dia 14 de Abril (domingo) pelas 15h00 na FNAC do Leiria shopping realizámos a 2ª edição do clube de leitura para jovens.



"Viagem ao País da Levitação" de Gonçalo M. Tavares é o livro escolhido para este encontro da leitura, relembro duas coisas importantes:
a-) a participação neste clube é gratuita;
b-) não é obrigatório comprar o livro.
...
Quem não puder ler previamente a história pode participar da mesma forma pois o clube de leitura é para todos, quer tenham lido ou não.
Serão feitas atividades à volta da história divertidas, interessantes e partilhadas a nível de emoções e conteúdos.

O "Páis da Levitação". Será redondo ou quadrado? Azul ou amarelo? Será que as pessoas levitam mesmo?
Qual será a língua que se fala no país da levitação? Será que se lê ao contrário? Estas são as descobertas do nosso clube de leitura.

Aceitas este desafio para o País da Levitação? Para te inscreveres basta que envies para o mail comboiodefantasias@gmail.com o teu nome, idade, morada e contato.
 
Saudações encantadas!

14 de fevereiro de 2013

Os Ratos das Botas - história do dia

Os Ratos das Botas

OS RATOS DAS BOTAS

António Torrado escreveu e Cristina Malaquias ilustrou



Eram dois ratos e cada um vivia na sua bota. Mas viviam um tanto afastados, porque, embora as botas fossem irmãs e em tempos tivessem caminhado juntas, os ratos que as habitavam, por razões que não vêm para o caso, andavam de mal um com o outro.
Por isso estavam as botas de costas voltadas, isto é, de calcanhares voltados, como as botas de Charlot.

Mas, num dia de grande temporal, o vento soprou a valer por aqueles sítios e empurrou uma das botas em direcção à irmã, que também se deslocou com a ventania.
– Quem está aos pontapés à minha casa? – irritou-se um dos ratinhos, muito assustado com a tempestade.
O vento puxou a chuva que, cada vez mais forte, alagou aquele cantinho do mundo onde estavam as botas.

– Ora botas! Já nem se vive em sossego na nossa própria casa – lastimou-se um dos ratinhos. Graças à proximidade, o outro rato ouviu o vizinho queixar-se e também se lamentou:
– Casas velhas e mal calafetadas não dão segurança nenhuma. Ora botas! Ora botas!
Que o pior ainda estava para vir. Quando a água da chuva inundou aquelas paragens, e a corrente deu em rio, as duas botas foram arrastadas na chuva e rolaram, muito trangalhadanças, sobre pedras e seixos.
– Ora botas! Em vez de casa, um barco – desesperava-se um ratinho.
– Ora botas! Em vez de bota, um bote – desesperava-se o outro ratinho.
Amainou a tempestade, estancou a chuva e as duas botas acabaram poisadas, lado a lado, num montinho de areia.
Os dois ratos, quando sentiram que o perigo tinha passado, saíram ao mesmo tempo das respectivas botas, isto é, das respectivas casas.
– Que viagem mais tormentosa – queixou-se um.
– Nunca mais acabava – queixou-se o outro.
Sem darem por isso estavam a falar um com o outro.
– Mas o sítio é bonito.
– E tem bom ar.
– E boa vista.
– E bom piso.
Um dos ratinhos apontou para a bota, isto é, para a casa do outro, e reparou:
– Tem as persianas todas escangalhadas. Eram os atacadores fora das ilhós e deslaçados.
O outro ratinho retorquiu:
– As suas persianas também precisam de arranjo. Eu ajudo-o. Passaram a tarde a consertar as casas e, com a boa ajuda um do outro, o trabalho rendeu muito. Vão agora, segundo combinaram, fazer uma vedação para proteger uma horta, que querem cultivar a meias.

Ficaram outra vez dois ratinhos amigos, e as botas, aliás as casas geminadas, são bem prova disso.

FIM

5 de fevereiro de 2013

A Força da Pulga - uma história por dia

A FORÇA DA PULGA
António Torrado

escreveu e

Cristina Malaquias ilustrou

 

O homem das forças achou uma pulga. Prendeu-a entre os dedos e disse-lhe:

– És um ser insignificante e reles. Como te atreves a aparecer ao pé de mim, que sou o homem mais forte do mundo?

Respondeu a pulga:

– Fraca serei, mas, se eu quiser, levanto-te em peso. Aposto contigo.

O homem riu-se da prosápia da pulga. Ia a castigá-la pelo atrevimento, mas ela escorregou-lhe pela polpa dos dedos e desapareceu.

Estava já o homem das forças a dormir, quando a pulga se chegou, de novo, a ele. Passeou pelos lençóis e
procurou-lhe o quente do corpo. Num sítio azado, por altura dos rins, ferrou-lhe uma grande dentada.

O homem, que estava no mais fundo do sono, mesmo assim, sentiu-se. Ergueu o corpo, apoiando-se na nuca e nos calcanhares e coçou, instintivamente, o lugar picado.

A pulga escapuliu-se-lhe às unhas e pregou-lhe outra ferroada, no mesmo sítio. Mais se arqueou o corpo do homem das forças, levantando ainda mais alto os lençóis que o cobriram.

Quem não soubesse a razão destes movimentos, acharia que o homem estava a ser soerguido e levado ao colo por uma escondida força, superior à dele.

E estava.

O homem das forças acordou, atormentado pela comichão, mas a pulga nem se deu ao trabalho de cobrar-lhe a aposta. Com certos casmurros, quanto menos conversas, melhor.

E, aqui para nós, com aquelas duas chupadelas de sangue já se sentia bem paga…

FIM
 
Saudações encantadas!
Uma história por dia nem sabes o bem que te fazia!

22 de janeiro de 2013

Lord Byron - 22 de Janeiro de 1788







Nascia em Londres aquele que é considerado um dos maiores poetas europeus e figura do Romantismo.
 
Compartilho convosco o poema "Estâncias para Música", mas podia ser "Inês" do qual também gosto muito.
 
 
 
 
 
 
 
Estâncias para Música
 Alegria não há que o mundo dê, como a que tira.
Quando, do pensamento de antes, a paixão expira
Na triste decadência do sentir;
Não é na jovem face apenas o rubor
Que esmaia rápido, porém do pensamento a flor
Vai-se antes de que a própria juventude possa ir.
Alguns cuja alma bóia no naufrágio da ventura
Aos escolhos da culpa ou mar do excesso são levados;
O ímã da rota foi-se, ou só e em vão aponta a obscura
Praia que nunca atingirão os panos lacerados.
Então, frio mortal da alma, como a noite desce;
Não sente ela a dor de outrem, nem a sua ousa sonhar;
toda a fonte do pranto, o frio a veio enregelar;
Brilham ainda os olhos: é o gelo que aparece.
Dos lábios flua o espírito, e a alegria o peito invada,
Na meia-noite já sem esperança de repouso:
É como na hera em torno de uma torre já arruinada,
Verde por fora, e fresca, mas por baixo cinza anoso.
Pudesse eu me sentir ou ser como em horas passadas,
Ou como outrora sobre cenas idas chorar tanto;
Parecem doces no deserto as fontes, se salgadas:
No ermo da vida assim seria para mim o pranto.
 
Saudações encantadas!