1. O Direito de não ler. Ler é um direito e um privilégio. Não é um castigo.
2. O Direito de saltar páginas. Ler é um acto pessoal, de selecção e interpretação.
3. O Direito de não acabar um livro. O leitor não compra uma obrigação. Saber recusar é uma forma de escolher.
4. O Direito de reler. Às vezes é tão bom, que temos que repetir.
5. O Direito de ler não importa o quê. A leitura pode ser emoção de muitas formas.
6. O Direito de amar os heróis dos romances. As personagens não são só figuras imaginadas. Vivem dentro de cada leitor.
7. O Direito de ler não importa onde. Não há templos nem tempos exclusivos de leitura. O maravilhoso não tem espaço nem tempo.
8. O Direito de saltar de livro em livro. Os livros podem-se petiscar. Ler um pouco daqui e depois ler um pouco dali.
9. O Direito de ler em voz alta. As palavras sabem melhor se ditas e ouvidas. Há músicas nas palavras.
10. O Direito de não falar do que se leu. O leitor lê-se nos livros. Respeite-se essa intimidade.
Adaptação de, Direitos do leitor de Daniel Pennac no livro “Como um Romance”, ed. ASA.
Ler (como amar) é uma experiência única, pessoal e intransmissível.
Ao leitor é reservado uma linguagem que só ele sabe decifrar e com isso uma intimidade ainda mais próxima do que a sua língua materna.
ResponderEliminarExperiência intransmissível?
ResponderEliminarA sério?...
E então, pergunto, qual é o papel do mediador??? :-)
Respondo com "saudações encantadas"... depois de te reencontrar (e ler) aqui.
Gosto, Patrícia!