Será talvez aquele que é capaz de contar a sua própria história. Sabe de onde vem (tem uma origem, um passado, uma memória em ordem), sabe onde está (a sua identidade) e crê saber para onde vai (tem projectos e a morte no fim). Situa-se, portanto, no movimento de uma narrativa, é uma história, pode dizer-se.
O que se diz do indivíduo poderá também dizer-se de uma sociedade? Deixarem de poder contar-se, identificar-se, colocar-se normalmente no correr do tempo poderia levar povos inteiros a apagar-se, separados uns dos outros e sobretudo de si próprios por falta de uma memória constantemente reavivada.
Gostamos também de nos contar a nós próprios. Sabes o que me aconteceu ontem? Não? Ora ouve. E nós ouvimos. Gostamos de nos colocar no centro de um relato. É um verdadeiro momento de existência. Vivemos numa história, a nossa, e também na de algumas pessoas próximas de nós.
É esta permanência do conto, da história contada que nos permite existir...
Uma viagem fantástica e encantada para todos!
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